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segunda-feira, 15 de abril de 2013

Campo Limpo e sua Histórias - em Fotos.

A ex-mata virgem que virou cidade será reproduzida para exposição fotográfica pela Subprefeitura do Campo Limpo/Supervisão de Cultura.
 
Entre topos e colinas do Campo Limpo, na zona sul da periferia paulistana, se deu o desenvolvimento. Moradores antigos do bairro dizem que foi tudo muito rápido. O sertão - Capão Redondo, Parque Fernanda e Valo Velho - desbravado pelo trabalho escravo, imigrantes europeus e bem depois, toda a mata descoberta por nordestinos em busca do direito de vida melhor. E os índios ? Sobraram poucos ! Ficaram sem terra.

As fotos que se vê são raridades do UNASP - Centro Universitário Adventista de São Paulo, no Capão Redondo, desde 1915.
 
No Capão Redondo há quem conta histórias dos 'capitães do mato' e até se diz neto, bisneto ou tataraneto ou simplesmente parente de um deles. Fala ter foto para provar. Há ainda quem garanta que, capitão do mato ainda existe em São Paulo - escondido, mas existe, age em silêncio. Binho do sarau do Campo Limpo, todo mundo diz que foi vítima de um capitão do mato, em 2012 . [...]
 
Com o acervo fotográfico, a subprefeitura busca estabelecer uma ponte histórica ligando 1800 aos dias atuais.
Mata virgem, fazendas, plantações de batatas, uvas e abacaxis, parques, praças públicas, monumentos e personagens. Os povoados se reencontrarão, a história se reencontrará . A história do trabalho árduo de um povo, do desenvolvimento, da grandeza da cidade grande.
 
Campo Limpo é grande, Capão Redondo é grande, São Paulo é uma só. Paz !? A cidade pede paz.
Quem tiver uma foto antiga do bairro e quiser colaborar com a formação do acervo poderá levar à Supervisão de Cultura do Campo Limpo onde será reproduzida - na rua Nossa Senhora do Bom Conselho , 59.

Devanir Amâncio

Tá lá um corpo estendido no chão


Nas periferias do país todo, estamos acostumados a ver esta cena.
Um corpo estendido no chão e com a população em volta, curiosos, amigos e familiares. As crianças acabam se deparando com isto no dia-a-dia e acabam crescendo achando isso normal. Os jornalistas, adoram serem os primeiros a chegar, fotografar, filmar, linkar...
E na tela o apresentador fanfarrão chama a atenção e segura o povo, sed...entos por notícias ruins, tragédias e sensacionalismo barato, pois o povo, precisa ter estes assuntos para trocar. Todo mundo vai saber, comentar e perguntar. Isso é igual novela! Todos negam, mas todos assistem e gostam. Correm pra casa pra ver.
Se juntam em frente a TV para debater, mas não conversam sobre as coisas verdadeiramente importantes na vida. Mas é por isso que existem pessoas diferentes neste mundo. Este rapaz esticado neste chão cinza e rodeado de olhares atentos ao seu corpo é um vencedor! Com sua aparência simples de bom moço, amigo, companheiro, excelente músico e professor. Neste momento beijando o chão, sim o chão. O solo sagrado do artista de rua, que não tem IBOPE na grande mídia, que não tem reconhecimento entre as grandes estrelas, não tem alto salário e nem é perseguido por reportares e fotógrafos. Mas ele está ali, matando a curiosidade do povo em volta ao seu corpo esticado na calçada.
Mas esta cena diferentemente do que possa parecer, não é, ou pelos menos não é reportada com a proporção devida, tão corriqueira e casual como se possa imaginar.
Este corpo representa a arte.
E não a arte de prender atenção na mídia com tragédia, com fofoca, com BBequices!
Este corpo faz parte de um espetáculo!
E nós somos os premiados em assisti-lo e conhece-lo.
Pois a TV não mostrou e você que ficou em casa assistindo os mesmos de sempre, perdeu!
E pode até não entender nada, mas este corpo, não está frio, não está jogado, não está abandonado. Os olhos não são de dor, de tristeza, de sofrimento, são olhares de alegria, de admiração e as pequenas mãos, não cobrem o rosto, elas aplaudem!

E faremos igual!

 Parabéns pela apresentação: Alexandre Guarani Kaiowá Matos.